terça-feira, 30 de outubro de 2012


Ontem percebi que muita gente não conhece a história do Campeonato Brasileiro, principal torneio do país. Então resolvi postar aqui a história resumida do campeonato, inclusive com polêmicas e curiosidades, para que as pessoas (que tenham paciência e interesse em ler tudo) saibam como era definido o campeão nacional antes da era dos pontos corridos. Eu conheço essa história de cabo à rabo, mas como é muita coisa pra postar, pesquisei rapidamente na wikipédia mesmo, só pra sintetizar tudo em um texto pequeno.
Durante a parte de "Polêmicas", ficará claro que não existe um grande vilão nem um grande mocinho na história do futebol brasileiro e que, embora hoje as competições já estejam muito mais organizadas, sérias e competitivas, ainda temos muitos problemas para solucionar e "senhores de má fé" dirigindo o futebol que devem ser expurgados, para o bem comum. 





História do Campeonato Brasileiro

A história do Campeonato Brasileiro de Futebol se iniciou em 1959, quando ele começou a ser disputado com o nome de Taça Brasil, tornando-se a principal competição entre clubes de futebol do Brasil. Após seu início, teve edições com inúmeros nomes, tais como Taça Brasil, Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Taça de Prata, Campeonato Nacional de Clubes, Taça de Ouro, Copa Brasil, Copa União e a partir de 1989, como Campeonato Brasileiro de Futebol, ainda em 2000 como Copa João Havelange.
O Campeonato Brasileiro de Futebol teve como primeiro campeão o Esporte Clube Bahia. A partir de 2003, adotou o sistema de pontos corridos, tendo como primeiro campeão o Cruzeiro Esporte Clube. O torneio é organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dá acesso ao seu campeão, vice, terceiro e quarto colocados à Taça Libertadores da América.
Anteriormente, o Clube Atletico Mineiro era considerado como o 1º Campeão do Campeonato Brasileiro conquistando o Campeonato Nacional de Clubes(CBD) de 1971 que passaria a ter outros nomes em seguida, mas em 2010, a CBF(antiga CBD) unificou os títulos nacionais anteriores a 1971, então, o Bahia passou a ser o primeiro campeão brasileiro.
Em 2000, não houve Campeonato Brasileiro oficialmente, mas o torneio organizado pelo Clube dos 13 disputado naquele ano, chamado Copa João Havelange, foi posteriormente reconhecido pela CBF como substituto do Campeonato Brasileiro.
Em 1977, tanto o vice-campeão (Atlético/MG) quanto o 5º colocado (Botafogo) terminaram o campeonato sem derrotas, mas o campeão naquela temporada foi o São Paulo.
O Santos Futebol Clube e a Sociedade Esportiva Palmeiras são os clubes que mais vezes venceram a competição. O São Paulo é o clube que mais vezes ficou com o vice campeonato da competição, cinco vezes (1971, 73, 81, 89, 90).
Desde 2003, com a mudança no sistema de disputa, não existe mais o conceito de jogo final do campeonato.
Uma das características do Campeonato Brasileiro foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Após ter sido aprovado no Congresso Nacional o "Código do Torcedor", a CBF fez um planejamento que visava organizar o confuso calendário do futebol nacional. Reduziu o tempo disponível para as competições estaduais e adotou o sistema de turno e returno como forma de disputa. Como esse sistema exige muito tempo do calendário, também foi reduzido o número de competidores em 2004, que eram 24, para 22 em 2005 e 20 em 2006, tanto na Série A (Primeira Divisão) como na Série B (Segunda Divisão). Para a Série C, a partir de 2009, com a criação da inédita Série D, o número de clubes igualou-se aos das Séries A e B, embora com formato de disputa distinto. Já a Série D conta com 40 clubes, adotando o sistema de eliminatórias regionais e depois "mata-mata" até as últimas fases, para que times pequenos e com baixo orçamento tenham chance de competir.
Até 2011, apenas três clubes disputaram todas as edições da divisão principal: Cruzeiro, Internacional e Flamengo. O Santos e o São Paulo também nunca foram rebaixados, mas em 1979 se recusaram a participar do Brasileiro ao terem seus pedidos de entrarem apenas na fase final recusado depois de alegarem que a competição daquele ano tornava o calendario demasiado apertado.


Polêmicas

Campeonato Brasileiro de 1974
Cruzeiro e Vasco empataram em número de pontos, o que levaria a um jogo-desempate. O Cruzeiro tinha tido campanha melhor, então o jogo seria no Mineirão. Porém, um dirigente do time mineiro invadira o campo de jogo durante uma partida e, como mandava o regulamento, o mando de campo foi invertido e o jogo foi realizado no Maracanã. Em uma arbitragem polêmica, o juiz Armando Marques anula dois gols, um do Vasco e outro do Cruzeiro.

Campeonato Brasileiro de 1977
O São Paulo é campeão, porém o Atlético Mineiro termina o campeonato invicto e com 10 pontos a mais que o campeão, numa época em que a vitória valia dois pontos. Reinaldo, o artilheiro do campeonato com 28 gols, teve todo o campeonato para cumprir a suspensão mas a CBF o puniu no jogo final. Na mesma partida, Chicão, jogador do São Paulo, pisou em Ângelo, que tinha recebido uma entrada desleal de Neca.

Campeonato Brasileiro de 1979
Devido ao confuso e inchado calendário daquele ano, clubes tradicionais de São Paulo como Corinthians, Portuguesa, Santos e São Paulo requerem à CBF que entrem apenas nas fases finais do torneio. Com a recusa da entidade, abdicam da disputa do torneio, participando apenas do Campeonato Paulista. Este ano também contou com um número recorde de 94 participantes, e por conseqüência, com um regulamento extremamente confuso. O Internacional se consagrou nessa edição como o único campeão invicto da história do brasileirão

Campeonato Brasileiro de 1981
Botafogo e São Paulo se enfrentam na segunda semifinal do campeonato brasileiro, no Morumbi. O Botafogo já havia vencido o primeiro jogo no Maracanã por 1 x 0, e no Morumbi chega a abrir 2 x 0 ainda no primeiro tempo. O São Paulo diminui, com um gol de pênalti convertido por Serginho. No intervalo, seguranças do São Paulo cercam em tom de ameaça o árbitro Bráulio Zannoto, que estaria favorecendo o time carioca. No segundo tempo, o São Paulo conseguiu virar a partida para 3 x 2.

Campeonato Brasileiro de 1983
Os oito primeiros colocados do campeonato paulista disputavam a primeira divisão, a Taça Ouro. O Santos termina em nono o estadual, mas a CBF convida o clube da baixada para a disputa. O Santos terminaria vice-campeão, sendo derrotado pelo Flamengo por 3 x 0 na finalíssima, no Maracanã. O Vasco também não atinge o índice, mas permanece na série A.

Campeonato Brasileiro de 1986
Vasco e Botafogo novamente não atingem o índice da Taça de Ouro, mas continuam na primeira divisão.

Copa União de 1987
Em 1987, a CBF decidiu diminuir o número de clubes participantes de 80, como foi em 1986, para 28. Com isso, o Botafogo e Coritiba cairiam para a segunda divisão. Os dois clubes entraram na Justiça contra o campeonato, porém em seguida a CBF teve problemas para organizar o campeonato nacional daquele ano, devido a uma grave crise financeira e administrativa, e o Clube dos 13, organização que reúne os 13 mais importantes clubes do Brasil, resolve organizar o campeonato. A CBF apoia a iniciativa e exige apenas que sejam convidados pelo menos mais três clubes de Estados diferentes. Cumprindo a única exigência da CBF são convidados mais três clubes pelo Clube dos 13: Coritiba, Goiás e Santa Cruz.
Seus 13 membros, mais o Coritiba, o Goiás e o Santa Cruz participaram da Copa União que foi organizada pela própria associação Clube dos 13 (a CBF nomeou de "Módulo Verde", não concordando com a iniciativa do Clube dos 13 de organizar o seu próprio campeonato que o chamava de Copa União). Os outros clubes, incluindo o Guarani, vice do ano anterior e o América/RJ, quarto colocado, participariam do chamado "Módulo Amarelo" que seria organizado pela CBF. No entanto, o América/RJ decidiu boicotar o Módulo Amarelo, perdendo todos os seus jogos por WO. A CBF determinou que o campeonato seria decidido num quadrangular entre os campeões e vices do Módulo Verde e do Módulo Amarelo, proposta que foi inicialmente aceita pelo representante do Clube dos 13 Eurico Miranda, porém rejeitada pelo Clube dos Treze e seu Presidente em Plenária, com o argumento de que a Copa União já tinha tabela, regulamento e taça própria contra a vontade da CBF.
De acordo com a CBF, na época, o Flamengo foi o vencedor do Módulo Verde, tendo o Internacional como vice. Já o Módulo Amarelo terminou empatado entre Sport Recife e Guarani de Campinas. O quadrangular da CBF, em janeiro de 1988, foi disputado apenas entre Sport e Guarani, pois Flamengo e Internacional acataram a decisão do regulamento do Clube dos 13 e não participaram. Sport e Guarani, declarados pela CBF campeão e vice, respectivamente, foram os representantes do país na Taça Libertadores de 1988. Eem 1999, com entrada em um processo judicial pela 10ª Vara de Pernambuco, o time do Sport ganhou a homologação do título pela Justiça Comum (lembrando que a FIFA proíbe, ameaçando com expulsão, um clube que entra na Justiça Comum. lembrando também que a FIFA rejeitou pedido feito recentemente pelo Flamengo de punição ao Sport-PE, tendo a FIFA afirmado que não poderia decidir sobre o Campeonato Nacional, pois este é de responsabilidade da CBF), enquanto que o Clube dos 13, o Conselho Arbitral e o CND (Conselho Nacional de Desportos), por unanimidade, fez o mesmo com o Flamengo. Houve ação contraditória do próprio CND (artigo 5º da Resolução nº 16/86) pois, não houve unanimidade para mudar o regulamento da CBF, e sim maioria de votos, tendo por isso sido mantido o cruzamento pela Justiça. O regulamento foi divulgado pela CBF no jogo inaugural, concordando com o cruzamento[9]
Neste ano, a CBF autorizou o Clube dos 13 a organizar apenas o Módulo Verde do Campeonato Brasileiro (ou então, sem acordo com os clubes, teríamos um campeonato regionalizado), devido a problemas financeiros, sendo as regras estipuladas pela entidade que comanda o futebol e que possui o direito exclusivo da organização. Antes do início da competição foi divulgado o acordo da CBF com os clubes, depois de inúmeras negociações, ficou estabelecido a 1ª divisão com 32(16+16) clubes e cruzamento dos módulos.

Campeonato Brasileiro de 1991
Os quatro primeiros colocados; Bragantino, São Paulo, Atlético Mineiro e Corinthians disputariam as semi-finais. Mas às vésperas de começarem as partidas, a CBF resolveu que o Fluminense ganharia os pontos de vitória da partida contra o Botafogo que foi interrompida em 0x0 após invasão da torcida do Botafogo. Com isso o time carioca passa a frente do Corinthians e disputa a semi-final contra o Bragantino, sendo eliminado pelo clube do interior paulista.

Campeonato Brasileiro de 1993
A CBF é pressionada pelo Clube dos 13 e "reorganiza" o Campeonato e promove de uma vez 12 clubes aumentando o número de times de 20 em 1992 para 32 em 1993. A razão foi que o Grêmio havia terminado a série B de 1992 em 9º, permanecendo mais um ano na segunda divisão. Nesse mesmo ano o Clube dos 13 faz com que a CBF proteja do rebaixamento 16 times, ou seja, mesmo que fossem os últimos colocados não poderiam cair. Os times foram divididos em 4 grupos. Dois grupos principais e 2 coadjuvantes. Antes do campeonato começar foi decidido que nenhum clube do grupo principal iria ser rebaixado. Mas outros 5 clubes que não eram protegidos são obrigados à caírem mesmo sem oucuparem as 8 últimas posições.

Campeonato Brasileiro de 1995
O primeiro jogo da grande final entre Botafogo x Santos foi no Maracanã e o resultado foi 2 x 1 para o time carioca. Porém, houve um lance polêmico nesse jogo pois aos 46 do primeiro tempo um gol legal anulado pelo árbitro Sidrack Marinho. O resultado seria 3 x 1 para o Botafogo Já a última partida da final entre Santos x Botafogo, no Pacaembu, começou com gol carioca, de Túlio Maravilha - impedido, conforme pôde ser constatado pelo videotape do lance. O alvinegro paulista empatou o jogo no início do segundo tempo, em um lance também irregular. Todavia, houve um gol mal anulado do time paulista. O resultado seria 2 x 1 para o Peixe. Mas mesmo assim o Botafogo se sagraria campeão brasileiro daquele ano.

Campeonato Brasileiro de 1996
Após o fim do Brasileiro deste ano, Bragantino e Fluminense seriam rebaixados, mas em 1997 surge detalhes de um esquema de favorecimento de alguns clubes (Corinthians e Atlético Paranaense) pelos árbitros. Mas, antes mesmo de alguma conclusão sobre isso, a CBF "rasga" o regulamento, deixa o Corinthians e o Atlético Paranaense impunes e mantém o Tricolor Carioca (que seria rebaixado) na 1ª divisão, sem punir devidamente os times envolvidos no escândalo, mais uma vez acobertando irregularidades.

Campeonato Brasileiro de 1999
Adicionando mais problemas ao já confuso sistema de rebaixamento, que realizava uma média com a pontuação do ano anterior, o Botafogo ganha pontos no STJD e passa a frente do Gama devido a escândalos com o jogador Sandro Hiroshi, do São Paulo, que havia falsificado a idade. Em vez de retirar 5 pontos por jogo em que escalou o jogador de forma irregular, a CBF optou apenas por dar aos adversários do São Paulo os pontos da partida. A atitude política rebaixou o clube do Distrito Federal no lugar do Botafogo e manteve o clube paulista classificado para a segunda fase, prejudicando o Atlético-PR, que foi a primeira equipe dentre as que não se classificaram para a segunda fase.

Campeonato Brasileiro de 2000
O Gama, rebaixado devido ao favorecimento do Botafogo no ano anterior, processou a CBF para não cair, impedindo a confederação de organizar o campeonato, já que a FIFA veta qualquer influência da justiça comum no esporte. O Campeonato Brasileiro, que se chamou "Copa João Havelange", acabou organizado pelo Clube dos 13 com apenas uma divisão, mas com os clubes divididos em vários módulos, sendo o maior Campeonato Brasileiro da história.

Sem as tradicionais Divisões, o Campeonato tratava-se de um campeonato dividido em módulos, desta maneira, o Clube dos 13 redistribuiu os clubes que se encontravam nas séries B e C de 1999 para o "módulo azul", onde encontravam-se os clubes da tradicional primeira divisão. Nesta regra, Fluminense, campeão da série C de 1999, e Bahia, na série B em 1999, foram realocados no módulo azul, assim como os participantes da série B Juventude, América Mineiro e o Gama, que desistira do processo judicial, abrindo caminho para que a CBF reassumisse o controle do campeonato e o oficializando como Campeonato Brasileiro de 2000. O ponto de discórdia é que Paraná Clube e Botafogo de Ribeirão Preto, rebaixados em 1999 permaneceram no "módulo verde", onde encontravam-se os times da antiga série B.
Outra polêmica foi na final Vasco x São Caetano, onde a partida teve de ser paralisada, após a queda de um dos alabrados, onde dezenas de pessoas ficaram feridas. Na ocasião, foram colocados à venda 32.537 ingressos para a partida, realizada no "Estádio" São Januário, que tem capacidade para 40.000 pessoas. Porém testemunhas afirmam que viram pessoas entrarem no estádio sem ingresso. Com essa falha de segurança, rapidamente o estádio ficou superlotado. Aos vinte e três minutos de jogo, uma briga entre torcedores gerou confusão e parte da grade de separação da arquibancada cedeu. Imediatamente torcedores começaram a invadir o campo de jogo para evitarem ser pisados por outros torcedores em pânico. O jogo foi interrompido pelo árbitro, Eurico Miranda entrou em campo para agilizar a remoção dos feridos e para negociar o reinicio do jogo. Ao fim de duas horas ainda havia feridos em campo e o governador Anthony Garotinho decidiu intervir, ordenando a suspensão do jogo.
Segundo o regulamento da competição, se a torcida de um time fosse responsável pela interrupção de uma partida, o time seria punido com a perda do jogo, indo os pontos para a equipe adversária, o que faria do São Caetano campeão da Copa João Havelange. No entanto, após acordo dos dirigentes e da imprensa, foi realizada uma reunião entre representantes dos clubes envolvidos, das federações estaduais (SP e RJ) e do Clube dos 13, que terminou com a marcação de uma nova partida, para o dia 18 de Janeiro de 2001, na qual a equipe carioca venceu por 3 x 1, levando a taça.

Campeonato Brasileiro de 2001
A CBF decidiu organizar o Campeonato Brasileiro de 2001 de acordo com os módulos da Copa João Havelange, isto é, mantiveram-se as promoções, já ocorridas em outras edições do campeonato, do módulo azul, resultando na viagem direta de Bahia da série B e Fluminense, campeão da série C em 1999 para a série A. No entanto, três clubes ameaçaram entrar na justiça comum contra a CBF: Paraná Clube, São Caetano - campeão e vice do módulo amarelo - e Botafogo de Ribeirão Preto - único clube rebaixado em 2000. Desta maneira, para evitar mais complicações, a Confederação Brasileira decidiu por promover os três também para a série A.

Promovido da Série C de 1999 (campeão) para a Série A de 2001
Fluminense Football Club/RJ
Promovidos da série B de 1999 para a Série A de 2001
América Futebol Clube/MG
Associação Desportiva São Caetano/SP *
Esporte Clube Bahia/BA

Não rebaixados da série A de 1999
Juventude Esporte Clube/RS
Paraná Clube/PR*
Sociedade Esportiva do Gama/DF
Botafogo Futebol Clube/SP*
Com "*" são os que somente após pressão na organização do Campeonato de 2001, os demais já estavam o módulo azul em 2000.

Campeonato Brasileiro de 2004
A morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, causou (em decisão controversa) a perda de 24 pontos do time do ABC paulista por "negligência", jogando o clube no "bolo" dos que escapavam do rebaixamento, engrossado pelos clubes cariocas. Mesmo com a redução na pontuação, o São Caetano ainda ficara em 18º e permanecera na série A.

Campeonato Brasileiro de 2005
Máfia do Apito: o árbitro Edílson Pereira de Carvalho se aliou a investidores para garantir resultados para ganhar apostas virtuais e fora descoberto. A CBF pretendia divulgar a história para todos os clubes e tentar reunir-se para encontrar uma solução, no entanto, a Revista Veja colocou em sua capa o episódio antes de qualquer pronunciamento oficial, o que resultou em grande confusão por parte dos clubes.
Pressionados, a CBF e o STJD, Superior Tribunal de Justiça Desportiva, tiveram como decisão anular as 11 partidas apitadas por Edílson Pereira de Carvalho no Campeonato daquele ano, pois não era possível determinar até aonde fora a influência da arbitragem e com suspeita de que Edílson realizaria jogo duplo com grupos de apostadores, não se sabia para quem Edílson poderia ter favorecido. Assim, os clubes que disputaram as partidas anuladas foram convocados a realizá-las novamente respeitando o mando de campo anterior:

Partidas Remarcadas em 2005:

19 de Outubro: Vasco 1 - 0 Botafogo (0 - 1 na partida anulada)

19 de Outubro: Ponte Preta 2 - 0 São Paulo (1 - 0)

19 de Outubro: Paysandu 4 - 1 Cruzeiro (1 - 2)

19 de Outubro: Juventude 2 - 2 Figueirense (1 - 4)

12 de Outubro: Santos 2 - 3 Corinthians (4 - 2)

12 de Outubro: Vasco 3 - 3 Figueirense (2 - 1)

12 de Outubro: Cruzeiro 2 - 2 Botafogo (4 - 1)

12 de Outubro: Juventude 3 - 4 Fluminense (2 - 0)

28 de Outubro: Internacional 3 - 2 Coritiba (3 - 2)

24 de Outubro: São Paulo 1 - 1 Corinthians (3 - 2)

24 de Outubro: Fluminense 1 - 1 Brasiliense (3 - 0)

A imprensa ligou o resultado das anulações com o Campeão daquele ano, o Corinthians, pois a diferença de pontos entre os resultados fraudados por Edílson Pereira, de 4 pontos, foi a diferença para o Internacional, (que seria o legítimo campeão, caso os jogos não houvessem sido remarcados) assim como devido as supostas atividades ilegais do grupo MSI, do empresário iraniano Kia Joorabchian, que patrocinou o clube paulista naquele ano. No entanto, a suposta ligação jamais foi comprovada.
Em outra polêmica, no jogo Corinthians x Internacional, que pela 40ª rodada era determinante para o título, o atacante colorado Tinga foi derrubado na área pelo goleiro Fábio Costa. O árbitro Márcio Rezende de Freitas expulsou Tinga ao invés de dar penâlti para o Internacional. O jogo acabou empatado, 1x1, e Rezende de Freitas mais tarde admitiu que errou em sua decisão. Por coincidência, aquela haveria de ser a última partida apitada por Rezende de Freitas como árbitro profissional.


Curiosidades sobre sistema de classificação

Em quatro edições do Campeonato Brasileiro (87, 88, 90 e 95), o sistema de disputa da competição era em turno e returno, ou seja, os clubes eram separados em dois grandes grupos. No primeiro turno, as equipes de um grupo enfrentava as equipes do outro grupo e no segundo turno, os times de cada grupo se enfrentavam. Os primeiros colocados de cada grupo em cada turno garantiam vaga para a fase seguinte. Caso a primeira fase das edições do Brasileirão já mencionadas fossem no sistema todos contra todos, algumas equipes tomariam o lugar de outras que classificaram no turno e returno, podendo até mesmo mudar o resultado final.

1987 - No Módulo Verde, duas equipes tomariam o lugar de Flamengo e Internacional nas semifinais da competição, caso sua primeira fase fosse no todos contra todos: Grêmio e São Paulo. Com isso, as semifinais seriam: Atlético Mineiro x São Paulo; Cruzeiro x Grêmio. No Módulo Amarelo, a história seria a mesma, mas com apenas uma equipe. Ao invés do Bangu o classificado seria o Criciúma, alterando uma das semifinais: Sport x Criciúma.

1988 - No lugar de Grêmio, Cruzeiro e Fluminense, os classificados seriam, respectivamente, Portuguesa, Atlético-MG e São Paulo. Três jogos das quartas-de-final seriam alteradas: Vasco x São Paulo; Internacional x Atlético-MG; Portuguesa x Flamengo.

1990 - Sete dos oito classificados seriam mantidos. Apenas o Goiás tomaria o lugar do Palmeiras na fase seguinte alterando apenas uma partida: Grêmio x Goiás.

1994 - Um regulamento bem confuso, e que fez o torcedor relembrar os complicados regulamentos das edições anteriores, fez com que a Segunda Fase do campeonato separasse as 16 equipes classificadas em dois grupos de 8 e os seis não-classificados em um "Torneio da Repescagem". Se o critério de classificação dos times, que disputavam a Segunda Fase, para as quartas-de-final valesse pelo nível técnico com a soma das campanhas dos dois turnos de cada clube (classificando os três primeiros colocados de cada chave juntando com os dois classificados do grupo de repescagem) e sem contar o ponto de bonificação que algumas equipes ganharam ao se classificarem como líder de seu respectivo grupo da Primeira Fase, a pontuação dos dois grupos ficaria desse jeito:
Grupo E: Guarani (23 pontos), Portuguesa (16 pontos) e Corinthians (14 pontos, mesma pontuação do Internacional, mas leva vantagem por conseguir 6 vitórias contra 4)
Grupo F: São Paulo (19 pontos), Botafogo (18 pontos / 7 vitórias) e Bahia (18 pontos / 5 vitórias)
O Palmeiras, que viria a ser o campeão brasileiro de 94, não estaria relacionado entre os oito finalistas da competição daquele ano, sendo este substituído pela Portuguesa. Os confrontos também seriam modificados, levando em consideração o melhor classificado de toda a Segunda Fase enfrentando o segundo colocado do Torneio da Repescagem, o segundo melhor classificado de toda a Segunda Fase enfrentando o "campeão" do Torneio da Repescagem e assim por diante: Guarani x Atlético-MG; São Paulo x Bragantino; Botafogo x Corinthians; Bahia x Portuguesa.

1995 - Duas equipes paulistas estariam no lugar de, respectivamente, Cruzeiro e Fluminense: Palmeiras e Bragantino. Com isso as semifinais seriam alteradas: Santos x Bragantino; Palmeiras x Botafogo.

1998 - A partir das quartas-de-final, os jogos eliminatórios seriam disputados em três partidas, caso houvesse uma vitória para cada lado ou pelo menos um empate entre eles. Se os playoffs não fossem inclusos no regulamento da competição, as semifinais seriam novamente alteradas: Sport x Grêmio; Palmeiras x Portuguesa.

1999 - Se o São Paulo não tivesse perdido os pontos para Botafogo e Internacional no Caso Sandro Hiroshi, dois dos quatro jogos das quartas-de-final sofreriam mudanças de posição entre os times na fase clasificatória: Vasco x Ponte Preta; São Paulo x Vitória.


Todos os campeões Brasileiros ( Desde 1959)


  • 2011 Corinthians
  • 2010 Fluminense
  • 2009 Flamengo
  • 2008 São Paulo
  • 2007 São Paulo
  • 2006 São Paulo
  • 2005 Corinthians
  • 2004 Santos
  • 2003 Cruzeiro
  • 2002 Santos
  • 2001 Atletico Paranaense
  • 2000 Vasco da Gama
  • 1999 Corinthians
  • 1998 Corinthians
  • 1997 Vasco da Gama
  • 1996 Grêmio
  • 1995 Botafogo
  • 1994 Palmeiras
  • 1993 Palmeiras
  • 1992 Flamengo
  • 1991 São Paulo
  • 1990 Corinthians
  • 1989 Vasco da Gama
  • 1988 Bahia
  • 1987  Sport
  • 1986 São Paulo
  • 1985 Coritiba
  • 1984 Fluminense
  • 1983 Flamengo
  • 1982 Flamengo
  • 1981 Grêmio
  • 1980 Flamengo
  • 1979 Internacional (Invicto)
  • 1978 Guarani
  • 1977 São Paulo
  • 1976 Internacional
  • 1975 Internacional
  • 1974 Vasco da Gama
  • 1973 Palmeiras
  • 1972 Palmeiras
  • 1971 Atletico Mineiro


Torneio Roberto Gomes Pedrosa 




  • 1970 Fluminense
  • 1969 Palmeiras
  • 1968 Santos
  • 1967 Palmeiras


Taça Brasil





  • 1968 Botafogo 
  • 1967 Palmeiras
  • 1966 Cruzeiro
  • 1965 Santos
  • 1964 Santos
  • 1963 Santos
  • 1962 Santos
  • 1961 Santos
  • 1960 Palmeiras
  • 1959 Bahia




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